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Canónigos

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Arquivos para Novembro 2011

Conversão

29 Novembro, 2011 Deixe um comentário

(…)Mas nosso senhor foi-lhe dando saúde e foi ficando tão bem que em tudo o resto estava são; só que não podia apoiar-se sobre a perna e por isso era obrigado a ficar na cama.

E porque era muito dado a ler livros mundanos e falsos, que se costumam chamar-se cavalaria, sentindo-se bem, pediu que lhe dessem alguns para passar o tempo, mas na casa não se encontrou nenhum daqueles que ele costumava ler e por isso deram-lhe uma Vita Christi e um livro da vida dos Santos em língua pátria.

Lendo-os muitas vezes, algum tanto se ia afeiçoando ao que ali encontrava escrito. Mas, parando de os ler, algumas vezes ficava a pensar nas coisas que tinha lido, e outras vezes pensava nas coisas do mundo nas quais costumava pensar antes.

E de muitas coisas vãs que se ofereciam, uma se apossara tanto do seu coração, que ficava logo embebido a pensar nela duas, três ou quatro horas sem se dar conta, imaginando o que havia de fazer em serviço de uma senhora, os meios que usaria para poder ir à terra onde ela estava, os motes e as palavras que lhe diria, os feitos de armas que Faria ao seu serviço. E ficava tao envaidecido com isso, que não via como era impossívelalcançá-lo, porque a senhora não era de vulgar nobreza: nem condessa nem duquesa, mas o seu estado era mais alto que qualquer destes.

7. Contudo, nosso Senhor o socorria, fazendo com que a estes pensamentos sucedessem outros que nasciam das coisas que lia. Porque, ao ler a vida de nosso Senhor e dos santos, parava a pensar, raciocinando consigo próprio: – E se eu fizesse aquilo que fez S. Francisco e aquilo que fez S. Domingos? – E assim discorria por muitas coisas que achava boas, propondo-se sempre a si mesmo coisas difíceis e importantes, e ao faze-lo parecia-lhe encontrar em si facilidade de as levar a cabo.

Mas todo o seu discorrer era dizer a si próprio: – S. Domingos fez isto; também eu tenho que faze-lo. S. Francisco fez isto; também eu tenho que faze-lo -. Estes pensamentos duravam muito tempo, e depois de se intrometerem outras coisas, apareciam os do mundo mencionados antes, e também neles se detinha muito tempo. E esta sucessão de pensamentos tao diversos durou bastante tempo, detendo-se sempre no pensamento que voltava, quer fosse das façanhas mundanas que desejava fazer, quer outras coisas de Deus que se ofereciam a fantasia, ate que sentindo-se cansado deixava tudo isso e ocupava-se doutras coisas.

8. Notava, ainda, esta diferença: quando pensava nas coisas do mundo, senti a um grande prazer; mas quando depois de cansado as deixava, sentia-se árido e descontente. E quando pensava ir a Jerusalém, descalço e comendo só ervas, e em fazer todos os mais rigores que via que os santos tinham feito, nãosó sentia consolação quando estava nesses pensamentos, mas também depois de os deixar, ficava contente e alegre.

Mas não reparava nisso nem se detinha a ponderar esta diferença, ate que uma vez se lhe abriram um pouco os olhos e começou a maravilhar-se desta diferença e a fazer reflexão sobre ela. Compreendeu então por experiencia que de uns pensamentos ficava triste e de outros alegre, e pouco a pouco veio a conhecer a diversidade dos espíritos que se agitavam: um do demónio e o outro de Deus.

[Foi esta a primeira reflexão que fez nas coisas de Deus. E depois, quando fez os Exercícios, daqui começou a tomar luz para o que diz sobre a diversidade de espíritos].

(Autobiografia de Santo Inácio de Loiola, tradução António José Coelho SJ)

Texto de apoio:

Lucas 19, 1-10 (Zaqueu)

Jesus que vai a passar vendo Zaqueu torna esse momento num encontro. O momento deixa de ser uma passagem para ser um encontro. Deste encontro resulta a conversão de Zaqueu que é voluntária e espontânea não tendo sido pedida por ninguém.

TPC – Pontos de Reflexão

A minha conversão:

– Como?

– Porquê?

– Onde?

– Quem?

– A minha conversão podendo ter acontecido num dia concreto é também um desafio diário. Olho para o momento especial da minha conversão tendo presente que a minha conversão acontece também hoje. Nesse sentido preciso de revitalizar a minha conversão.

– A minha conversão não é só reagir à passagem de Deus, é também entrar na lógica de um Deus que dá e assim eu dou também.

Partilharemos o resultado desta experiência.

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Advento em dois minutos

25 Novembro, 2011 Deixe um comentário

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Durante o cerco de Pamplona, ferido, Santo Inácio caiu por terra

24 Novembro, 2011 Deixe um comentário

III. Durante o cerco de Pamplona, ferido, Santo Inácio caiu por terra (Autobiografia de Santo Inácio de Loiola, tradução António José Coelho SJ)

(…) E assim, quando ele caiu, os da fortaleza renderam-se logo aos franceses, os quais depois de se terem apoderado dela, trataram muito bem o ferido, com cortesia e amizade. E depois de ter estado doze ou quinze dias em Pamplona, levaram-no numa liteira para a sua terra.

E encontrando-se aqui muito mal, e tendo chamado todos os médicos e cirurgiões de muitas partes, estes disseram que era necessário partir outra vez a perna e pôr os ossos de novo no seu lugar, dizendo que por terem sido mal postos na primeira vez, ou por se terem deslocado no caminho, estavam fora dos seus lugares e assim não podia curar. E fez-se de novo a carnificina, na qual, como em todas as outras por que passara e passou depois, nunca disse uma palavra, nem mostrou sinal de dor, a não ser apertar fortemente os punhos.

 

Texto de apoio: Act 9, 1-6 (Paulo caiu por terra)

 

– O que me derruba?

– O que me faz sentir fraco ou incapaz de lutar contra?

– O que me vence?

– O que me faz levantar?

– A importância das ajudas dos outros

– O aprender com as quedas. Que proveito tiro delas?

 

Tarefa: nestes 15 dias rezar as minhas fraquezas, até porque quando sou fraco, então é que sou forte. (cfr 2Cor 12, 7-10)

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O cavaleiro de Pamplona

24 Novembro, 2011 Deixe um comentário

O ponto de partida para rezar o TPC é olhar para a vida na corte de S. Inácio. Sendo que o tema é o homem da corte, tenhamos presentes que o homem da corte somos nós.

O cavaleiro de Pamplona (Autobiografia de Santo Inácio de Loiola, tradução António José Coelho SJ)

Ate aos vinte e seis anos de idade, foi homem dado às vaidades do mundo e deleitava-se sobretudo no exercido das armas, com um grande e vão desejo de honra. E assim, estando numa fortaleza que os franceses combatiam, e sendo todos de parecer que se entregassem, com a condição de não matarem, pois viam claramente que não se podiam defender, ele deu tantas razoes ao governador da cidade, que o persuadiu à defesa, ainda que contra o parecer de todos os cavaleiros, os quais se animavam com a sua bravura e esforço. E chegando o dia em que se esperava o assalto, confessou-se com um dos seus companheiros de armas; e depois de o assalto durar um bom tempo, uma bombarda acertou-lhe numa perna e partiu-a toda e como a bala passou entre as pernas, também a outra ficou bastante ferida.

Texto de apoio:

Filipenses 4. 4-14

São Paulo está preso em Éfeso e escreve aos Filipenses.

TPC – Pontos de Reflexão

1- estar social – como nos inserimos na sociedade e no mundo? O que nos influencia? As pessoas com quem nos relacionamos? Como nos vestimos? Como convivemos com gregos e troianos?

2- capa e espada – a espada é para mim uma forma de estar? Há violência no meu dia a dia? Ter presente que há dois tipos de violência: física e psicológica. Fiz sofrer?

3- apaixonar-se – o que é apaixonar-me? Onde estava Deus nessa altura? As nossas paixões como crentes e como não crentes.

Partilharemos o resultado desta experiência.

Arquivado em:TPC Marcados com:Canónigos, CVX, Pamplona, Santo Inácio de Loyola, TPC

Oração inicial 24/11/2011

24 Novembro, 2011 Deixe um comentário

Tentar achar a causa, o âmago, o início, o cerne, o fundamento do que nos derruba, do que nos faz fracos e nos impede de lutar, é buscar em cada um de nós o que nos afasta de Cristo!

A sensação de prisão de braços e pernas, (mãos e pés atados), da mente turva, sem decisão na acção, retrata bem alguns períodos da vida em que nos encontramos não raras vezes. Esta inércia no percorrer a senda da Salvação marca e define o nosso perfil de pecado, na medida em que somos ofuscados do brilho de Deus. Muitas vezes somos nós mesmos que nos empurramos para fora deste caminho que sabemos ser o do Amor.

O que nos vence? A nossa humanidade, a fragilidade que tanto nos faz cair e que em cada levantar nos revigora!

Levantamo-nos, cada vez que olhamos para o outro antes de olharmos para nós mesmos e reconhecemos no outro a nossa razão de existir, a nossa missão de viver.

E tanto quanto vamos crescendo no despojarmo-nos do supérfluo, consolamo-nos cada vez mais com o que é essencial.

A mortalidade, finita, que começa por nos parecer certa, transforma-se em cada erguer-se numa imortalidade óbvia e eterna.

«Quando sou fraco então é que sou forte…», pois só quando humildemente reconhecemos ser instrumentos de Deus, somos capazes de derrubar as barreiras do cansaço, do ódio, da vingança, da preguiça, do medo…, do mundo, e sendo Seus discípulos e exemplo, percebemos que assim somos felizes!

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oração inicial

10 Novembro, 2011 Deixe um comentário

Estava eu no início do ensino secundário, e tendo começado a disciplina de filosofia, foi-me dado a pensar o seguinte, algo a que um filósofo se dedicou a estudar: será que é o Homem que sendo mau corrompe a sociedade, ou será a sociedade que corrompe o Homem, que tem em si o bem?

Ainda hoje não é fácil discernir o que é mais válido, mas tendo consciência de que foi Deus quem fez o Homem e foi o Homem que precisou viver em sociedade, creio profundamente na bondade da Humanidade, embora o livre arbítrio que nos é concedido, manche por vezes a imaculada brancura da pureza e da simplicidade, trazendo alguma maldade e egoísmo a nós mesmos e consequentemente ao mundo.

Temos tendência a condenar a violência, e na maior parte dos casos, esta mostra ser uma faceta escura, cobarde de uma personalidade oposta à que Deus pede para ter. Contudo, “lutar violentamente” pelo que acreditamos, sentimos e vivemos, para mais próximos estarmos do Seu Reino é o que nos é pedido. É preciso é não perdermos o sentido de que para isso, a liberdade que nos é dada acaba quando fazendo isso, trazemos também sofrimento ao próximo!

Somos seres sociais e na convivência com outros semelhantes a nós e portanto, à Tua imagem também, apaixonamo-nos e vivemos um Amor que fraternamente nos aproxima de Ti. A faísca da paixão é especial, mas é a intervenção de Deus que a transforma em Amor e portanto falar em Amor sem falar em Deus não é possível. As paixões talvez existam para além disso, mas serão sempre efémeras e passageiras se não se tranformarem em Amor, se não convidarmos Deus para fazer parte delas.

Arquivado em:Orações Marcados com:CVX, oração, Paulo Viriato Menezes

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