Estava eu no início do ensino secundário, e tendo começado a disciplina de filosofia, foi-me dado a pensar o seguinte, algo a que um filósofo se dedicou a estudar: será que é o Homem que sendo mau corrompe a sociedade, ou será a sociedade que corrompe o Homem, que tem em si o bem?
Ainda hoje não é fácil discernir o que é mais válido, mas tendo consciência de que foi Deus quem fez o Homem e foi o Homem que precisou viver em sociedade, creio profundamente na bondade da Humanidade, embora o livre arbítrio que nos é concedido, manche por vezes a imaculada brancura da pureza e da simplicidade, trazendo alguma maldade e egoísmo a nós mesmos e consequentemente ao mundo.
Temos tendência a condenar a violência, e na maior parte dos casos, esta mostra ser uma faceta escura, cobarde de uma personalidade oposta à que Deus pede para ter. Contudo, “lutar violentamente” pelo que acreditamos, sentimos e vivemos, para mais próximos estarmos do Seu Reino é o que nos é pedido. É preciso é não perdermos o sentido de que para isso, a liberdade que nos é dada acaba quando fazendo isso, trazemos também sofrimento ao próximo!
Somos seres sociais e na convivência com outros semelhantes a nós e portanto, à Tua imagem também, apaixonamo-nos e vivemos um Amor que fraternamente nos aproxima de Ti. A faísca da paixão é especial, mas é a intervenção de Deus que a transforma em Amor e portanto falar em Amor sem falar em Deus não é possível. As paixões talvez existam para além disso, mas serão sempre efémeras e passageiras se não se tranformarem em Amor, se não convidarmos Deus para fazer parte delas.
Deixe uma resposta