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“O que está a acontecer à nossa casa “

28 Novembro, 2020 Deixe um comentário



3.1 Laudato Sì, Capítulo 1 – “O que está a acontecer à nossa casa “, parágrafos 17-42 (Poluição e mudanças climáticas, A questão da água, Perda de biodiversidade).
3.2 VISITA DO SANTO PADRE À FAO – Food and Agriculture Organization, discurso por ocasião da II CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE A ALIMENTAÇÃO, 20/11/2014. Um texto que fala sobretudo na luta contra a fome, mas que é facilmente transportado para a temática das alterações climáticas.
Com sentimentos de respeito e apreço apresento-me hoje aqui, na Segunda Conferência Internacional sobre a Alimentação. (…) . A unidade global de propósitos e acções, mas sobretudo o espírito de irmandade, podem ser decisivos para soluções adequadas. A Igreja, como sabeis, procura estar sempre atenta e ser solícita em relação a tudo o que se refere ao bem-estar espiritual e material das pessoas, em primeiro lugar de quantos vivem marginalizados e são excluídos, para que sejam garantidas a sua segurança e dignidade.
(…)
O interesse pela produção, a disponibilidade de alimentos e o acesso a eles, a mudança climática e o comércio agrícola devem indubitavelmente inspirar as regras e as medidas técnicas, mas a primeira preocupação deve ser a própria pessoa, quantos não têm o alimento diário e deixaram de pensar na vida, nas relações familiares e sociais, e lutam unicamente pela sobrevivência. Em 1992, o Santo Padre João Paulo II, na inauguração, nesta sala, da Primeira Conferência sobre a Alimentação, advertiu a comunidade internacional contra o risco do «paradoxo da abundância»: há alimento para todos, mas nem todos podem comer, enquanto o desperdício, o descarte, o consumo excessivo e o uso de alimentos para outros fins estão diante dos nossos olhos. Eis o paradoxo! Infelizmente, este «paradoxo» continua a ser actual. (…)
O segundo desafio que deve ser enfrentado é a falta de solidariedade. Uma palavra que inconscientemente temos a suspeita de ter que eliminar do dicionário. As nossas sociedades caracterizam-se por um individualismo crescente e pela divisão; isto acaba por privar os mais débeis de uma vida digna e por provocar revoltas contra as instituições. Quando num país não há solidariedade, todos ressentem disto. De facto, a solidariedade é a atitude que faz com que as pessoas sejam capazes de ir ao encontro do outro e fundar as próprias relações recíprocas naquele sentimento de fraternidade que vai além das diferenças e dos limites, e leva a procurar juntos o bem comum.
Os seres humanos, na medida em que tomam consciência de ser parte responsável do desígnio da criação, tornam-se capazes de se respeitar reciprocamente, em vez de combater entre si, danificando e empobrecendo o planeta. Também aos Estados, concebidos como comunidade de pessoas e povos, é pedido que ajam de comum acordo, que estejam dispostos a ajudar-se uns aos outros mediante os princípios e as normas que o direito internacional lhes põe à disposição. Uma fonte inexaurível de inspiração é a lei natural, inscrita no coração humano, que fala uma linguagem que todos podem compreender: amor, justiça, paz, elementos inseparáveis entre si. Como as pessoas, também os Estados e as instituições internacionais estão chamados a acolher e cultivar estes valores, num espírito de diálogo e de escuta recíproca. Deste modo, o objectivo de alimentar a família humana torna-se realizável.
(…)
Se se acredita no princípio da unidade da família humana, fundado na paternidade de Deus Criador e na fraternidade dos seres humanos, nenhuma forma de pressão política ou económica que se sirva da disponibilidade de alimentos pode ser aceitável. Pressão política e económica. Penso na nossa irmã e mãe terra, no Planeta. Se estivermos livres de pressões políticas e económicas para o preservar, para evitar que se autodestrua. Temos à nossa frente o Peru e a França, duas conferências que nos lançam um desafio. Preservar o Planeta. Recordo uma frase que ouvi de um idoso, há muitos anos: «Deus perdoa sempre, as ofensas, os abusos; Deus perdoa sempre. Os homens perdoam de vez em quando. A terra nunca perdoa!». Preservemos a irmã terra, a mãe terra, para que não responda com a destruição. Mas sobretudo, nenhum sistema de discriminação, de facto ou de direito, vinculado à capacidade de acesso ao mercado de alimentos, deve ser tomado como modelo das acções internacionais que se propõem eliminar a fome. Ao partilhar convosco estas reflexões, peço ao Omnipotente, ao Deus rico de misericórdia, que abençoe quantos, com responsabilidades diversas, se põem ao serviço de quem sofre a fome e sabem assisti-los com gestos concretos de proximidade. Rezo também para que a comunidade internacional saiba ouvir o apelo desta Conferência e o considere uma expressão da comum consciência da humanidade: dar de comer aos famintos para salvar a vida no planeta. Obrigado.
Texto integral aqui: http://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2014/november/documents/papa-francesco_20141120_visita-fao.html
3.3 Conferência dos Bispos Católicos das Filipinas, Carta pastoral “What is Happening to our Beautiful Land?” (29 de Janeiro de 1988).
http://www.catholicsocialteaching.org.uk/wp-content/uploads/2010/11/What-is-Happening-to-our-Beautiful-Land.pdf

Pistas para rezar com Jesus e com o Papa Francisco:

O ponto de partida do Capítulo 1 da Encíclica é o seguinte:
“As reflexões teológicas ou filosóficas sobre a situação da humanidade e do mundo podem soar como uma mensagem repetida e vazia, se não forem apresentadas novamente a partir dum confronto com o contexto actual no que este tem de inédito para a história da humanidade. Por isso, antes de reconhecer como a fé traz novas motivações e exigências face ao mundo de que fazemos parte, proponho que nos detenhamos brevemente a considerar o que está a acontecer à nossa casa comum. (…) Façamos uma resenha, certamente incompleta, das questões que hoje nos causam inquietação e já não se podem esconder debaixo do tapete. O objectivo não é recolher informações ou satisfazer a nossa curiosidade, mas tomar dolorosa consciência, ousar transformar em sofrimento pessoal aquilo que acontece ao mundo e, assim, reconhecer a contribuição que cada um lhe pode dar.


1. Tomar consciência do que se passa no Mundo
Muito se fala atualmente em alterações climáticas e da ação nociva que o nosso modelo de desenvolvimento tem na Terra. Temos realmente consciência do que se passa no Mundo e plena consciência da gravidade do momento atual? Sugeria que, durante estes 15 dias, cada um de nós pesquisasse um assunto mais a fundo (pode ter a ver com algo que é descrito num dos parágrafos da encíclica ou algo diferente; pode ser algo num local específico do nosso planeta, ou algo mais global) e trouxesse algo para partilhar na reunião acerca dessas pesquisas. Aproveitando o facto de as reuniões serem online, nesta parte da partilha cada um pode recorrer à partilha do ecrã se quiser mostrar material.
Consigo, como propõe o Papa Francisco, tomar “dolorosa consciência” do momento? Consigo integrar o que está a acontecer no Mundo na minha oração regular?

2. Tomar consciência do que se passa à minha volta

Passar agora do Mundo para o que está ao meu redor, no meu país, na minha cidade.

3. Tomar consciência das minhas ações
Sinto-me parte do problema? Se sim, em que medida (pensar em exemplos concretos)? Sinto-me em pecado neste campo, ou de consciência tranquila? Refletir se tenho um papel ativo (ou, pelo menos, não negativo) nos problemas do ambiente ou se, pelo contrário, faz sentido pedir perdão pelos meus atos.
Consigo desinstalar-me verdadeiramente no meio do meu conforto?

4. Terminar com uma nota positiva
Muito está a ser feito para resolver os problemas ambientais. Consigo ver sinais disso no Mundo? O que me proponho mudar, à partida, para este ano de CVX, onde rezaremos com o Papa Francisco esta encíclica?

Arquivado em:LaudatoSi, TPC

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