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Orações

Oração inicial

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Oração

Sou, orante, vivo, pensante.
Procuro e encontro em cada momento,
Por me prostrar perante Ele, d’Ele me pôr diante,
O rumo certo, a chama, o alento.

Em cada dia, é meu alimento,
Dá-me forças para ser Seu viajante,
Seguir em frente, sem perecimento,
Procurar não ter dúvidas, nem por um instante!

E mesmo que esteja lá longe, distante,
Sei que estou seguro, pois tenho argumento:
Deus mora em mim, sinto-o, ovante,
No meu gesto, sou Seu instrumento.

A minha alma está cheia, tenho um sentimento,
De harmonia, paz, felicidade bastante,
O que em mim brota, o meu crescimento,
Quero partilhar com a Comunidade restante.

Transmitir a todos o ensinamento,
De que o Amor de Deus é triunfante.
Praticar o bem, o acolhimento,
É missão para mim, para todo o Amante!

Plenitude na Acção

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Não tenho que pensar em como agir,
Se em mim tiver o Bem, o Amor de Deus.
Fá-lo-ei de certo, com certeza, da forma própria, inconscientemente,
Com consciência de que estou a servir os desígnios que me são confiados,
Sendo em cada gesto testemunho de Cristo.
É um contra-senso dar um passo certo,
Mas com esforço, sacrifício, pensando
Que se não devidamente pensado, o gesto seria outro:
E é-o na medida que a “balança” está equilibrada,
Pelo “peso” do Mundo dum lado e o de Jesus no outro;
O equilíbrio não é sempre uma virtude,
Deveríamos ser exemplo de “balanças” mais desequilibradas,
Pendendo inexoravelmente para o lado do Bem.
Bebemos e comemos o Sangue e o Corpo de Cristo,
Sentindo-nos assim alimentados para a vida.
Mas alimentar e solidificar a nossa fé,
Exige de nós uma maior procura.
A fome e a sede deveriam ser inesgotáveis,
Na procura do conhecimento e entendimento da nossa missão cristã.
O que procuramos é estar impregnados do Bem,
Para que qualquer acção e antes desta, decisão nossa,
Seja a correcta (a de Cristo), mas espontânea,
Sendo o nosso discernimento imediato,
Intuitivo, sem recurso à ponderação.
Quando não tiver que pensar antes de agir,
Tendo por isso em mim o Bem, o Amor de Deus, de forma permanente,
Estarei mais próximo da plena comunhão com Deus,
E serei em vida mais um operário de Santidade.

Oração inicial

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Maria presente

(Alguém) estar presente sem o estar, implica ter causado (no outro) um impacto forte e duradouro. Tudo ou algo dessa pessoa em nós é permanente, habita a nossa mente, cria em nós um sentido de continuidade.
Várias são as causas para essa presença, tendo o tal impacto poder ter sido fruto de amor ou pelo contrário fruto da ausência dele.

Onde quer que esteja a nossa mãe, e dada a sua fonte inesgotável de amor por nós, ela está presente, mais, viverá sempre, em nós!Somos os nossos genes, mas também somos muito produto moldado e sempre inacabado do carinho e amor que nos é proporcionado, ou seja, imagem não só física dos nossos pais.

É nesta perspectiva que penso na influência que Maria terá decerto tido na faceta humana de Jesus, na Sua personalidade, pelo amor que Lhe entregou!
Toda a Sua acção terá sido, de alguma forma, pautada pela presença em Si de Maria, Sua Mãe.

Esta cumplicidade de Jesus com Maria e de Maria com Jesus, é inspiração, para que tendo eu também Maria presente, me sinta mais perto de Cristo e dos meus irmãos, por sua intercessão.

Oração Inicial – 26/1/2012

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Duelo interior

 

Se é possível imaginar a situação em que nos transcendemos, saímos de nós, e vemo-nos frente a frente connosco mesmos, vemos a nossa imagem, que não é senão invólucro, crosta, pois que o interior está do lado de cá!

Embora talvez de forma demasiadamente cliché, é nessa imagem estática de mim mesmo que consigo visualizar a acção da presença (imaginada também) dos anjos bom e mau, em cima de mim, procurando controlar-me.

Bem, fugindo a esta imagem de filme de animação e ficção, a mensagem é no entanto perdurante: ocorre dentro de mim um duelo, uma batalha, onde o lado consciente sabe que tem Deus como partido e o inimigo mundo procura destabilizar-me.

Mas, mesmo quando estando dentro de mim, fosse de esperar que estivesse mais ciente, esse lado consciente está muitas vezes adormecido e o mundo abarca-me com as suas tentações, convencendo-me da vã felicidade.

É pois com alegria e confiança que, na minha condição de Vivo, (ser de Deus e para Deus), alerta, sei acordar desse torpor, para a minha verdadeira essência, e de me orgulhar saber o que é estar verdadeiramente feliz. (O ser feliz acontecerá em pleno somente quando em definitivo estiver junto a Ele).

No entanto, o papel do inimigo, do mundo, do olhar só para mim, tem uma importância que nem sempre percebemos e valorizamos: sem experimentarmos os dois lados, faltar-nos-ia o livre arbítrio que Deus nos concede, de escolher o que queremos para nós. O que é bom de saber é que, ao mostrar-nos o quão bom é o Seu caminho, Deus facilita-nos essa escolha, sem nunca no-la impor, revelando o seu infinito Amor.

Oração Inicial

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O chão que se me depara e no qual avanço,
Tem curvas e contracurvas, é tortuoso.
Dizem chamar-se 2012 e o seu balanço,
Augura-se que não seja frutuoso.

As economias e as finanças deste mundo,
São tudo menos as tuas ciências, meu Senhor,
Podem estas ter batido lá no fundo,
Mas a tua ciência vive, é o Amor.

Por isso, esperançoso, sigo em frente,
Em Ti confio, não tenho medo de avançar.
Estou seguro, se não deixar de ter em mente,
Que serei feliz se continuar a amar.

Há momentos de dúvida, de paragem,
Que existem e continuarão a aparecer.
A escolha certa de caminho, o meu ser,
Saberá escolher, seguirei viagem.

E neste tempo de dificuldade encontrarei,
Estou certo, o que é essencial.
O supérfluo, o mundano enterrarei,
Mais próximo estarei do «Santo Graal».

Em Tuas mãos me entrego, Senhor,
Mais e mais quero ser Teu instrumento.
Manifesta em mim o Teu esplendor,
Que leve aos outros o Teu conhecimento.

Oração inicial 24/11/2011

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Tentar achar a causa, o âmago, o início, o cerne, o fundamento do que nos derruba, do que nos faz fracos e nos impede de lutar, é buscar em cada um de nós o que nos afasta de Cristo!

A sensação de prisão de braços e pernas, (mãos e pés atados), da mente turva, sem decisão na acção, retrata bem alguns períodos da vida em que nos encontramos não raras vezes. Esta inércia no percorrer a senda da Salvação marca e define o nosso perfil de pecado, na medida em que somos ofuscados do brilho de Deus. Muitas vezes somos nós mesmos que nos empurramos para fora deste caminho que sabemos ser o do Amor.

O que nos vence? A nossa humanidade, a fragilidade que tanto nos faz cair e que em cada levantar nos revigora!

Levantamo-nos, cada vez que olhamos para o outro antes de olharmos para nós mesmos e reconhecemos no outro a nossa razão de existir, a nossa missão de viver.

E tanto quanto vamos crescendo no despojarmo-nos do supérfluo, consolamo-nos cada vez mais com o que é essencial.

A mortalidade, finita, que começa por nos parecer certa, transforma-se em cada erguer-se numa imortalidade óbvia e eterna.

«Quando sou fraco então é que sou forte…», pois só quando humildemente reconhecemos ser instrumentos de Deus, somos capazes de derrubar as barreiras do cansaço, do ódio, da vingança, da preguiça, do medo…, do mundo, e sendo Seus discípulos e exemplo, percebemos que assim somos felizes!

oração inicial

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Estava eu no início do ensino secundário, e tendo começado a disciplina de filosofia, foi-me dado a pensar o seguinte, algo a que um filósofo se dedicou a estudar: será que é o Homem que sendo mau corrompe a sociedade, ou será a sociedade que corrompe o Homem, que tem em si o bem?

Ainda hoje não é fácil discernir o que é mais válido, mas tendo consciência de que foi Deus quem fez o Homem e foi o Homem que precisou viver em sociedade, creio profundamente na bondade da Humanidade, embora o livre arbítrio que nos é concedido, manche por vezes a imaculada brancura da pureza e da simplicidade, trazendo alguma maldade e egoísmo a nós mesmos e consequentemente ao mundo.

Temos tendência a condenar a violência, e na maior parte dos casos, esta mostra ser uma faceta escura, cobarde de uma personalidade oposta à que Deus pede para ter. Contudo, “lutar violentamente” pelo que acreditamos, sentimos e vivemos, para mais próximos estarmos do Seu Reino é o que nos é pedido. É preciso é não perdermos o sentido de que para isso, a liberdade que nos é dada acaba quando fazendo isso, trazemos também sofrimento ao próximo!

Somos seres sociais e na convivência com outros semelhantes a nós e portanto, à Tua imagem também, apaixonamo-nos e vivemos um Amor que fraternamente nos aproxima de Ti. A faísca da paixão é especial, mas é a intervenção de Deus que a transforma em Amor e portanto falar em Amor sem falar em Deus não é possível. As paixões talvez existam para além disso, mas serão sempre efémeras e passageiras se não se tranformarem em Amor, se não convidarmos Deus para fazer parte delas.

Esquecimento – oração inicial 26/04/2011

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Lembrei-me hoje Senhor, que me tenho esquecido de Ti!

Poder-se-ia dizer que os apelos do mundo, de Ti me afastam, apartam-me do que é essencial para mim. Mas não estaria a ser justo, desta vez, se arranjasse este bode expiatório, que me permitisse assim fugir do vexame de mim mesmo, da culpa que já faz parte de mim.

O transe em que me encontro, absorto de qualquer coisa tangível, palpável, real é, pensando agora, um refúgio, um esconderijo que me leva a não enfrentar o que preciso, é marcar passo na vida que não está à espera que eu passe…

É tão claro o que agora vejo, que até me custa a aceitar que a inércia e a preguiça, quando assolam, parecem vencer sempre!

Mas enganam-se!! Esquecem-se que só temporariamente habitam em mim!

Tenho-Te a Ti Senhor, e apenas o que conseguem é turvar a minha lucidez.

Eu sei que Te tenho a meu lado, à espera que Te dê a mão! (A Tua há muito está estendida para que eu A agarre!)

Passou uma Quaresma ao lado do meu coração! Mas ainda assim, vou a tempo de viver e vibrar de júbilo com a Tua Ressurreição!

Desço do transe e enfrento a vida, fazendo com ela uma tentativa de coragem, que é ter como base a Tua, Senhor!

Não há lugar a desistências, a logros; só verdade e motivação de podermos fazer melhor, sempre mais, até chegar a Ti…

Paulo Meneses